Foto aérea

segunda-feira, 21 de dezembro de 2009

Hoje vou falar sobre uma foto aérea que fiz. O objetivo era fotografar um terreno com uma construção em Embu, próximo de São Paulo. No dia marcado para as fotos o tempo não ajudou e tive que entrar em contato com o pessoal do Helicóptero para remarcar. Por sorte dois dias depois o tempo estava bom e levantamos vôo. O helicóptero estava sem a porta, o que deixava um vão gigante aberto, excelente para fotografar, mas me dava frio na barriga ao olhar para baixo. O comandante era também instrutor de helicóptero e gostava de fotografia, e foi interessante porque rendeu bons papos na "viagem" de SP até Embú. Eu perguntava sobre voar e ele sobre clicar. Com as cordenadas no GPS, chegamos no local. Mesmo sabendo aonde é reconhecer um local por cima é difícil.... nosso olho está acostumado a um padrão de visão, e quando mudamos reconhecer os lugares exige mais concentração. Fizemos uma volta para eu ver qual ângulo ficava melhor. Definido de que forma eu clicaria, pedi ao comandante que se posicionasse e pronto.... alguns minutos clicando, fazendo variações, etc. Dessa vez foi tudo em RAW, já que a foto seria ampliada bastante e exigiria um tratamento criterioso. Com o objetivo cumprido, voltamos para SP. Ainda restaria 15 minutos de vôo da 1 hora obrigatória que eu havia pago. Aproveitei para passar por alguns lugares de SP que eu nunca vi pelo alto sem ser pela pequena janela do avião a caminho do aeroporto de Congonhas. Pousamos com tranquilidade. Agopra eu precisaria editar as fotos. Mas aí aconteceu o inesperado: recebo uma ligação da empresa de helicóptero que os moradores da região ficaram assustados com o sobrevôo e queriam maiores informações. Como ela por motivos éticos não podia passar nada do vôo, eu entrei em contato com a pessoa. Era um ex-aviador, que havia anotado o prefixo da aeronave. O motivo de tanto "problema" era que a associação dos moradores estava com medo de assaltos e desconfiaram que o fato de alguém estar "filmando" no helicóptero poderia ser para planejar futuros roubos. Foi aí que caiu a ficha: a paranóia nas cidades está cada vez maior. Confesso que se eu morasse lá jamais pensaria uma coisa dessas. Mas cada doido com sua mania.... Depois de tudo explicado, ele ficou mais tranquilo. Pois é, além de fotógrafo também sou conselheiro, apaziguador ( existe essa palavra ?? sei lá.... ) e outras coisas. Afinal, o fotógrafo não começa e nem termina com o click.

No final de semana ? Casamento novamente !

terça-feira, 8 de dezembro de 2009

Mais um final de semana com casamento. Dessa vez foi na Zona Leste, com direito a um trânsito muito ruim na Radial. O dia da noiva foi no Jacques Janine. Chegamos por volta das 14:40h, por coincidência junto com a noiva ( ela estava atrasada - o horário iniciaria às 14h ). Com a noiva atrasada, já de início sabia que ela sairia além do horário previsto. Em alguns casos isso é um problema: Na maioria das igrejas existem 2 ou 3 casamentos por noite. Então se uma noiva atrasa acaba com o cronograma de todos os casamentos subsequentes. E els estava nervosa porque o padre já havia avisado que se ela atrasasse a cerimônia seria encurtada para não prejudicar os próximos casamentos. O horário de início seria às 18h. Quando a noiva terminou de fazer cabelo e maquiagem era quase 18h. Rapidamente ela colocou o vestido e por causa do tempo curto fiz apenas algumas fotos com ela no salão. Saímos do salão às 18:10h.... isso mesmo.... Já estávamos 10 minutos atrasados. E lembra no começo do post que mencionei o trânsito ruim na Radial ? Pois é.... continuava. Chegamos na igreja às 18:30, e logo o casamento começou. A igreja tinha uns vitrais grandes por onde entrava luz, além de alguns holofotes no altar que possibilitaram trabalhar com uma mistura de fotos com e sem flash. O único porém é que em algumas posições a luz gerava um flare muito forte na lente. Então apesar de ser um ângulo legal para clicar essa situação prejudicou um pouco. O casamento terminou e fomos para o buffet. Sem maiores novidades ou pontos interessantes para contar, já que tudo aconteceu como de costume. A única observação foi que terminou antes do esperado, o que possibilitou chegar mais cedo em casa para descansar e ficar o domingo com a família. :)
Guto Marcondes
www.gutomarcondes.com.br

Evento empresarial - Novo presidente

segunda-feira, 7 de dezembro de 2009

Depois do stress que foi o último post devido ao trânsito, saí de casa ainda mais cedo, apesar de ter ouvido na previsão do tempo que não choveria forte novamente. Dessa vez o evento era no Terraço Daslu, que fica na cobertura de um dos shopppings mais chiques e reservados do Brasil. Eu conheço razoavelmente bem a região, porque morei perto durante um tempo, então nem precisei me preocupar em "como chegar". O trânsito estava um pouco pesado por ser sexta-feira, mas eu tinha tempo de sobra. E isso ficou bem claro quando eu cheguei e ainda estavam na montagem do evento. Aguardei um pouco para esperar a decoração ficar pronta e comecei a clicar os ambientes. Em evento empresarial/corporativo há uma grande quantidade de luzes coloridas e em intensidades elevadas. Isso acaba deixando o WB da máquina completamente maluco. Eu costumo setar em Kelvins, já que trabalho em JPG ( fazer eventos em RAW é mais loucura ainda..... principalmente quando há eventos em dias consecutivos ). Nessas horas o importante é acertar na hora do click. Eu deixo para o pós-processamento somente o básico do básico ou o extremamente necessário. Tento concentrar a atenção para o click mesmo. Bom, voltando ao evento......
Logo depois de clicar os ambientes os convidados começaram a chegar. Rapidamente o sação estava cheio. Seriam aproximadamente 500 pessoas. O salão principal é aberto e todos sentam nas mesas para os discursos: presidente antigo, pessoas especiais, presidente novo, etc.... Aos poucos as pessoas ocupam o púlpito, falam e descam para dar lugar a outra. E nesse tempo de fala que tenho que aproveitar para conseguir boas imagens. conseguir uma boa expressão da pessoa falando é difícil. Normalmente sai com careta, olho semi-fechado, etc. Por isso nesse momento o meu dedo pressiona mais vezes o botão, até conseguir "a foto boa". Termina a parte formal e logo começa o jantar. Eu realmente não gosto de fotografar pessoas comendo. Acho deselegante e é o tipo de foto que nunca é usada, além de constranger o fotografado. Então aproveito esse tempo para rever algumas fotos no LCD e apagar as que ficaram ruins ( principalmente dos discurso por causa das "caretas" que mencionei ). Essa pré-seleção já elimina algumas fotos que ocupariam espaço e de uma forma eu perderia tempo deletando no micro.
O jantar chega ao fim com a abertura da pista de dança. Como é evento empresarial, mais alguns clicks e estou dispensado. Já passa da 1 da manhã, e daqui a 12 horas tenho um casamento para fotografar. É o tempo de descarregar, transmitir, tomar banho e descansar. No próximo post conto do casamento. Abs !!!
Guto Marcondes
www.gutomarcondes.com.br
www.fotografosocial.com.br

Evento Empresarial

sexta-feira, 4 de dezembro de 2009

Ufa.... nem acredito que vou conseguir postar depois de todo o stress de ontem ! Vou começar a história para que vocês possam entender o que foi o meu dia e o motivo de eu ficar praticamente em pânico...rs.
Eu tinha um evento às 19h, na região da Faria Lima. Precisava chegar lá por volta das 18h. Então olhando o céu escuro de tempestade quando deu 16:40 eu peguei minha mochila e saí. O trânsito incrivelmente estava bem, até eu chegar na Marginal. Eu vinha pela ponte estaiada, e caí direto na via expressa. E não é que estava tudo paradao ? Sim... PARADO !!! Havia pontos de alagamento intransitáveis na Marginal e o trânsito tinha sido interrompido. Nessa altura não tinha o que fazer. Desliguei o carro, peguei o celular e fui postar no twitter para tentar diminuir o stress. Mas não tem jeito ... a hora vai passando e a tensão vai aumentando. quando deu 18h eu ainda estava na altura da Av. dos Bandeirantes. Eu escutava a rádio Sulamérica, e a cada boletim eu notava que o trânsito estava mais caótico. Por um lado isso é relativamente bom, já que se SP está parada o evento atrasa. Finalmente depois de quase duas horas ( em um percurso que normalmente leva 25 minutos ) eu consigo chegar. Obviamente o evento estava vazio e os organizadores estavam cientes da loucura do trânsito. Tanto que atrasou quase duas horas o início. Conversando com algumas pessoas descobri gente que ficou 4 horas no trânsito... loucura !
Entra o Marco Luque ( do CQC ) no palco para iniciar a cerimônia.... a luz está legal, só que com uma temperatura de cor muito ruim. Mesmo compensando no WB fica um pouco amarelado, mas não tem saída... é um trabalho para pós-produção já que o lmite da câmera foi atingido. Termina a cerimônia e uma banda começa a tocar e de repente o Marco Luque sobe ao palco com uma gaita e toca um blues bem legal. Divertido essas coisas inesperadas, e além de tudo rendem boas fotos. Fim do evento, e ainda chove em SP ( felizmente apenas chuva fraca ). O trânsito está livre e chego em casa rápido. E agora é torcer para não acontecer esse temporal de novo.....

O fotógrafo em : Muita correria parte II

terça-feira, 1 de dezembro de 2009


Para não perder o clima do post anterior, resolvi logo em sequência escrever esse. Até porque se falo tanto em correria nada mais justo do que correr na hora de postar também ! Eu terminei o último post contando que cheguei em casa por volta das 2h da madrugada, então vou partir exatamente deste ponto.
Ao chegar em casa, já liguei o micro e fui descarregando as fotos enquanto arrumava as coisas para o dia seguinte. Terminei tudo por volta das 3h, e fui dormir para acordar apenas duas horas depois. Eu tinha que estar às 7h perto do Pico do Jaraguá, e considerando que deveria chegar um pouco antes por precaução, praticamente só cochilei. O trânsito essa hora é bom, então não tive muito problema. Eu tinha a indicação do local de forma precisa, o que também facilitou. Era um workshop sobre meio ambiente, promovido por algumas empresas e instituições. Sem muita dificuldade porque o local era bem iluminado e haviam apenas 30 participantes. E como o palestrante foi praticamente o mesmo, não há necessidade de ficar o tempo todo clicando. Até porque o som do obturador pode incomodar quem está participando. Em situações como essa o ideal é aproveitar o começo e fazer os clicks para depois interferir o mínimo possível na apresentação. A previsão inicial para o término era as 15h, mas como sempre atrasa ( lembra o que falei no post anterior ? rs ) eu saí somente às 16:30h. Um pouco atrasado, ainda mais que tinha outro evento em Santo André ( sim, do outro lado da cidade !!!!! ) em apenas 1:30h. Em uma situação dessas só existem 3 saídas: Teletransporte, helicóptero ou moto. O primeiro ainda não inventaram; helicóptero é muito $$$.... fico então com a moto. Sou um motociclista, não motoqueiro. Então não gosto de correr e andar no "corredor", mas foi necessário. No fundo eu estava com mais medo da chuva que estava prestes a desabar em SP do que preocupado com o horário, pois sabia que chegaria a tempo justamente por estar de moto. E no final foi perfeito: cheguei em Santo André exatamente 1 hora depois que saí do Jaragua. E logo que entrei no teatro a chuva começou. Até esse momento a sorte estava ao meu lado. Mas era só até esse momento. Haveria um ballet de uma escola de dança para fotografar. Conversei com o iluminador e ele me deu um briefing da luz. Achei perfeito.... doce ilusão. Assim que a cortina abriu comecei a pensar se ele falou aquilo pra me agradar ou sacanear. A luz ( ou a FALTA dela ) era crítica, e para piorar havia uma constante variação. Ballet tem movimentos rápidos, então sem luz é complicadíssimo congelar os movimentos e pegar os momentos chaves. Fui aproveitando os picos de luz para fazer os cliques, sempre no limite de ISO, abertura e velocidade do equipamento. Em uma situação como essa o índice de aproveitamento das fotos cai bastante, mas faz parte do processo. Voltei para casa com bastante foto, mas pelo menos 15% vai direto para o lixo. O legal é que mesmo assim ainda tenho fotos excelentes ! Foi realmente extrair leite de pedra !